Quando Descobri Que Era Única: A Jornada Pelo Desenho Humano
- Posted by Guida Fialho
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- Date 10 de Abril de 2025
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Quando Descobri Que Era Única: A Jornada Pelo Desenho Humano**
O Desenho Humano entrou na minha vida como uma revelação, como uma chave para um cadeado que carregava há anos sem perceber. Sempre me senti diferente, como se não pertencesse a este lugar ou a este mundo. Não era uma diferença leve ou apenas peculiaridades; era algo mais profundo, uma sensação de que havia algo “partido” em mim. Lembro-me de observar as outras crianças com os seus gostos e formas de estar, tão leves e conectadas, enquanto eu me sentia deslocada, como se faltasse algo em mim.
Carregava no peito uma saudade de um “lugar” que não sabia como descrever. Não sabia onde era, não sabia como era, mas aquela nostalgia preenchia-me de vazio. Durante anos, procurei respostas para isso. Busquei em muitas ferramentas e conhecimentos de desenvolvimento pessoal, cada um deles trazendo pedaços importantes, mas nenhum foi suficiente para preencher aquele espaço.
E então, em 2014, tudo mudou. O Desenho Humano encontrou-me. E digo “encontrou-me” porque desconhecia que existia; foi como se ele tivesse vindo ao meu encontro, no momento certo, através da pessoa certa: a minha irmã Projetora, a Carla. Foi ela quem me apresentou e guiou neste sistema transformador. Por isso, a minha gratidão a ela é eterna. Nunca conseguirei agradecer-lhe o suficiente por me abrir a porta para um caminho tão iluminador.
Quando comecei a querer saber mais e mais, não me lembro exatamente das palavras que ouvi ou do texto que li, mas lembro-me da sensação. O meu corpo reagiu como nunca antes: foi como se uma luz se acendesse dentro de mim, iluminando todas as dúvidas e perguntas que sempre carreguei. Finalmente, algo fazia sentido. Finalmente, havia algo que me explicava — não só para a mente, mas para o corpo — quem eu era.
Descobrir que sou Geradora Manifestante Sacral foi uma transformação completa. Pela primeira vez, percebi que a resposta para as minhas perguntas estava no meu corpo, e não na mente, a escuta dos meus sons internos, do meu sacral, que me guia nas decisões de forma natural. Descobri que a minha energia não precisava de justificativas, não precisava de ser moldada ou explicada; bastava ser respeitada.
Mas esta jornada foi além de mim. O Desenho Humano ensinou-me que o julgamento e a crítica, tanto aos outros quanto a mim mesma, vêm de uma desconexão com quem realmente somos. Se não nos conhecemos, como podemos gostar de nós? E se não gostamos de quem somos, como podemos olhar para os outros sem críticas? Essa foi uma das lições mais poderosas: aceitar-me. Amar-me. E, ao fazer isso, descobri a capacidade de aceitar os outros exatamente como são, sem querer mudá-los, sem querer que sejam versões de mim.
Percebi que cada pessoa tem a sua própria mecânica, o seu próprio caminho. O que é fácil para mim pode ser desafiador para outro, e o que é natural para outro pode ser um desafio imenso para mim. Quando entendi isso, aprendi a olhar para o outro com mais compaixão e empatia. Foi libertador perceber que não somos todos iguais e que a diferença não é um obstáculo — é a nossa maior riqueza.
Abandonar uma carreira estável na área da Educação não foi uma decisão fácil. Durante anos, o meu sacral dizia “não”, mas era difícil confiar. Finalmente, honrei o meu corpo e confiei no meu desenho. Foi assustador? Sim. Mas também foi a decisão mais libertadora da minha vida. Hoje, sinto que vivo uma segunda vida, uma vida alinhada com quem realmente sou. Uma vida onde posso ser cada vez mais: Eu.
Agora, dedico-me a partilhar esta ferramenta com quem quiser ouvir. Porque sei o que o Desenho Humano pode fazer por uma pessoa — sei como pode iluminar, como pode transformar. Não estou aqui para convencer ninguém; apenas para mostrar que existe um caminho. Um caminho de autoconhecimento, de aceitação, de amor-próprio. Um caminho que nos permite respeitar o Outro porque aprendemos, antes de mais nada, a respeitar quem somos.
